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A campanha Outubro Rosa – Tempo de Cuidar, da Mobius, une informação, emoção e ciência para conscientizar sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante o mês, serão compartilhadas as histórias de Helena e sua mãe, Letícia, ambas diagnosticadas em momentos próximos, além de conteúdos sobre sinais, exames e avanços da medicina de precisão — reforçando que informação e cuidado contínuo salvam vidas.
O câncer de mama se caracteriza pelo crescimento desordenado de células na mama, que formam um tumor maligno capaz de invadir tecidos vizinhos e se espalhar para outras partes do corpo. É o tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo (excluindo os tumores de pele não melanoma).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra, em média, 73 mil novos casos de câncer de mama por ano.
Ficar atenta às mudanças no corpo é essencial. Alguns sinais de alerta incluem:
Se notar qualquer alteração, procure imediatamente um médico ou profissional de saúde. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de sucesso do tratamento e pode salvar vidas. Além disso, buscar apoio emocional com familiares, amigos ou grupos de pacientes também pode ajudar a enfrentar esse momento com mais força e acolhimento.
✨ Mantenha seus exames de rotina em dia, como a mamografia (a partir dos 40 anos, a cada dois anos, conforme recomendação do Ministério da Saúde) e consultas médicas regulares. A prevenção e o acompanhamento contínuo são aliados fundamentais na luta contra o câncer de mama.
Seu corpo fala, escute os sinais e valorize seu tempo.”
O câncer de mama pode afetar todas as pessoas que possuem tecido mamário: mulheres cis, homens cis, pessoas trans e não binárias. Nos homens, embora represente apenas 1% dos casos, costuma ser descoberto em fases mais avançadas, o que reforça a importância da atenção aos sinais. O risco cresce com a idade e a maioria dos diagnósticos ocorre após os 50 anos, mas jovens também podem ser atingidas, como no caso da Helena, principalmente em situações de predisposição genética (BRCA1 e BRCA2). Independentemente da identidade de gênero, conhecer fatores de risco, realizar acompanhamento médico regular e observar mudanças no corpo são passos essenciais para o diagnóstico precoce e maiores chances de sucesso no tratamento.
O autoexame ajuda você a conhecer o próprio corpo e identificar alterações precocemente. Ele não substitui consultas médicas nem exames de imagem (mamografia, ultrassom, exames laboratoriais), mas é um grande aliado da detectação precoce.
O objetivo é identificar caroços, mudanças na pele ou no mamilo. Faça o autoexame uma vez por mês. Se menstruada, prefira o período de 3 a 7 dias após o início do ciclo, quando as mamas estão menos sensíveis.
A mamografia é o exame mais eficaz para rastrear e diagnosticar precocemente o câncer de mama. Ela permite identificar alterações milimétricas no tecido mamário antes mesmo que possam ser percebidas no exame físico ou pelo autoexame.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2024 o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou aproximadamente 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos em mulheres com sinais ou suspeita da doença. Esses números mostram o impacto do exame no cuidado da saúde feminina.
Em 2025, o Ministério atualizou a recomendação:
Todas as mulheres devem realizar a mamografia a partir dos 40 anos, a cada dois anos, mesmo sem sintomas.
Essa mudança reforça a importância do diagnóstico precoce: quanto antes a doença é descoberta, maiores são as chances de cura e menores os impactos do tratamento.
Conhecer o próprio corpo é uma forma poderosa de cuidado.”
Aos 23 anos, Helena descobriu o câncer de mama, um ano depois de sua mãe, Letícia, receber o mesmo diagnóstico.
A investigação revelou que ambas carregam uma mutação no gene BRCA2, transmitida de mãe para filha.
A história delas ilustra como a herança genética pode impactar gerações, mas também mostra a importância do diagnóstico precoce e do rastreamento genético, que permite identificar familiares em risco e iniciar estratégias de prevenção.
Leia mais no nosso blog e acompanhe a série de vídeos da campanha Tempo de Cuidar | Outubro Rosa, que conta de forma humana e inspiradora a luta e superação de Letícia e Helena.
Conhecer sua história familiar pode mudar o rumo da sua vida e da vida de quem você ama.
Em cerca de 5 a 10% dos casos, o câncer de mama está relacionado a alterações genéticas herdadas. Os genes BRCA1 e BRCA2 são os mais conhecidos: quando apresentam mutações, aumentam consideravelmente o risco de câncer de mama e de ovário.
Mas eles não são os únicos. Genes como TP53, ATM, PALB2 e CHEK2 também estão ligados a uma maior predisposição à doença, pois afetam a reparação natural do DNA.
👉 Conhecer esse histórico e realizar testes genéticos, quando indicados, pode ajudar na prevenção e no diagnóstico precoce.
A maioria dos casos de câncer de mama, cerca de 90 a 95%, não está ligada a herança genética, mas sim a fatores chamados esporádicos. Isso significa que o câncer surge por uma combinação de elementos como envelhecimento, hábitos de vida (alimentação, sedentarismo, consumo de álcool e tabaco), exposição hormonal e até fatores ambientais.
👉 Mesmo sem histórico familiar, toda mulher deve manter os cuidados de prevenção e realizar exames de rotina.
Confira a entrevista completa com a Dra. Aline e descubra como o Tempo de Cuidar faz diferença na prevenção.
Muitas vezes achamos que não temos tempo para nos cuidar, mas quando a doença aparece, precisamos arrumar tempo para exames e tratamentos. O autocuidado é a forma mais poderosa de prevenção: conheça seu corpo, mantenha seus exames em dia e faça dele uma prioridade."
- Dra. Aline Vieira, médica oncologista do Instituto de Oncologia do Paraná e do Hospital São Marcelino Champagnat
O rastreamento para mutações como BRCA1 e BRCA2 não é indicado para todas as pessoas, mas é recomendado em casos como:
Descubra como os testes moleculares transformam o cuidado no câncer de mama, permitindo diagnósticos rápidos, precisos e tratamentos personalizados para cada paciente.
Conheça iniciativas que apoiam mulheres na luta contra o câncer de mama, oferecendo acolhimento, informação e acesso a exames e tratamentos.
Identificar mutações hereditárias não significa apenas antecipar o diagnóstico, mas também personalizar a prevenção. Mulheres com predisposição genética podem ser acompanhadas de forma mais intensa, realizar exames em intervalos menores e até considerar estratégias preventivas, como cirurgias redutoras de risco ou uso de terapias específicas.
A informação genética não é um destino — é uma ferramenta de prevenção e cuidado.